Veja como a inovação se inseriu no campo
Ao longo dos séculos, diversos métodos e equipamentos foram criados para tentar aprimorar e otimizar a produção agrícola, tornando-a mais produtiva. Hoje, a tecnologia é que faz esse papel e vem, cada vez mais, se aliando ao setor para atender a todas as demandas e necessidades que o campo exige.
O uso da tecnologia, aliás, não só ajuda a melhorar toda a cadeia produtiva, como também reduz consideravelmente os custos e o volume de trabalho manual do produtor rural.
Neste artigo mostraremos as tecnologias que revolucionaram o agronegócio!
As tecnologias mais importantes para o agronegócio
Quase 70% das propriedades agrícolas no país já adotam algum tipo de inovação tecnológica em sua produção, seja dentro ou fora do campo. É o que diz um levantamento recente realizado pela Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP).
Mas você já considerou quais são as tecnologias que revolucionaram o agronegócio? Selecionamos as quatro principais!
Biotecnologia
A biotecnologia está no topo da lista das tecnologias que revolucionaram o agronegócio. Isso porque, ao se alinhar a um setor econômico tão importante, ela permite que a eficiência do agronegócio consiga melhorar consideravelmente.
A biotecnologia nada mais é do que de um conjunto de técnicas, como a seleção artificial e o melhoramento genético, que modificam o DNA das plantas e outros organismos e, com isso, alteram suas características originais ou inserem novas propriedades a fim de aumentar a produtividade agrícola sem alterar o tamanho das áreas de cultivo.
Graças a ela, é possível desenvolver plantas mais resistentes a doenças, herbicidas, pragas, condições climáticas mais extremas (como longos períodos de estiagem, por exemplo) — problemas que já foram um grande obstáculo para o agro. E por serem mais resistentes, essas plantas também exigem a aplicação de menos agrotóxicos e defensivos, o que melhora a qualidade nutricional e reduz os gastos com a produção e o impacto ambiental.
Todos esses alimentos geneticamente modificados, no entanto, passam por rigorosos testes antes de serem liberados para o consumo humano e animal. No Brasil, isso só acontece após a concessão do Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB), emitido pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), conforme determina a Lei de Biossegurança (Lei 11.105, de 2005). A nível mundial, a segurança alimentar é garantida por órgãos de apoio ao agro e à saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), por exemplo.
O aumento da produção agrícola, estimulada pela biotecnologia, é uma necessidade mundial. O IBGE estima que, até 2050, a população mundial alcance 11 bilhões de pessoas, o que vai ampliar consideravelmente o consumo de alimentos. A biotecnologia, portanto, não representa apenas ganho de eficiência produtiva, como também maior preservação ambiental.
Internet das Coisas
A Internet das Coisas é o que viabiliza ao produtor agrícola acompanhar a situação de sua propriedade em tempo real, fazendo com que ele consiga rastrear e identificar as áreas plantadas, o trabalho das máquinas e a interferência de questões ambientais na produção, como temperatura, umidade e luminosidade, por exemplo.
Isso é possível porque a IoT garante a conectividade de diferentes dispositivos e equipamentos com a internet, o que é feito por meio de sensores. Tal tecnologia, portanto, permite otimizar os cuidados com o campo, com o manejo e com a conservação do solo, economizando tempo e dinheiro. A alimentação dos animais, por exemplo, pode ser conduzida de forma autônoma por dispositivos capazes de calcular a quantidade de ração que deve ser liberada e os horários ideais para o manejo.
Novos sistemas de produção
Com grande potencial de estar entre as tecnologias que revolucionaram o agronegócio, a agricultura vertical é fruto de um contexto em que a necessidade mundial por alimentos não para de crescer e a disponibilidade de recursos hídricos está caindo continuamente. Diante de realidades assim é que o campo precisou se reinventar e criar sistemas de produção para dar conta da demanda que vem surgindo. A agricultura vertical, portanto, é uma dessas alternativas.
O método consiste em cultivar vegetais em camadas empilhadas verticalmente num ambiente fechado (no caso, uma estufa). A ideia, portanto, é modificar o ambiente natural para aumentar o rendimento da colheita, considerando todos os fatores ambientais, como luz, temperatura e umidade, que podem ser ajustados de acordo com a necessidade de cada planta.
No lugar do solo, por exemplo, costuma-se utilizar hidroponia e aeroponia, soluções nutritivas que garantem o crescimento de qualidade dos vegetais. Já a luz do sol é substituída pela iluminação LED. E o sistema de irrigação é feito por meio de aspersão ou gota a gota.
A agricultura vertical usa uma quantidade mínima de terra e até 95% menos água do que a agricultura convencional. Ou seja: além de aumentar a produção, esta tecnologia ainda a torna muito mais sustentável, assegurando economia e controle de recursos naturais como a água.
Plataformas de vendas diretas
As compras online viraram a principal tendência em diversos setores econômicos. E, claro, não demoraram a chegar também no campo. Cada vez mais, produtores rurais de todo o País vêm aderindo às chamadas plataformas de venda direta (como e-commerce e marketplaces), que viabilizam a negociação de produtos e mercadorias diretamente com o consumidor final, sem a necessidade de intermediários.
Na prática, o agricultor consegue não apenas aumentar seus lucros, como também acompanhar o mercado mais de perto, abrindo a visão para encontrar novas oportunidades de investimento.
E você, já viu alguma dessas tecnologias que revolucionaram o agronegócio? Qual é a sua aposta?